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Tokenismo - a falsa diversidade



Vamos falar sobre a falsa inclusão do TOKENISMO?



Uma super entrevista pela jornalista Nathália Ely para o Coletiva.net onde abordo este tema ao lado da maravilhosa Fernanda Macedo e Matheus Felippe



Para Maite Schneider, mulher trans, a expressão reflete a "falta de inclusão". "É quando você acha que uma pessoa é o suficiente e quando você acha que o pouco que você faz já é muito"



Maite, por sua vez, aponta a pressão e opressão como consequência aqueles que são tratados como modelos. Afinal, a pessoa se torna um 'template' e há a cobrança para que ela exerça as funções perfeitamente. Além de, por vezes, ficar sobrecarregada por assumir atividades que não são de sua competência, como uma colaboradora contratada como analista, que é demandada a contar a história da sua vida, sem ser questionada se quer falar. Muitas vezes, o indivíduo aceita por medo de demissão. 



Outras consequências do tokenismo são a sensação de não pertencer e a queda de rendimento. O trabalhador não se sente parte da organização quando não há no ambiente ninguém da comunidade para compartilhar. Esse sentimento, conforme a embaixadora da Rede Mulher Empreendedora (RME), Maite Schneider, afeta também o desenvolvimento no trabalho, pois a solidão faz com que o interesse e o engajamento, e, por consequência, a produtividade diminuam. 



Por isto, a consultora destaca a importância no desenvolvimento da Política de Diversidade, Equidade e Inclusão, a adição do Pertencimento, tornando-a, então, o que chamamos de DEIP - Política de Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento. Maite também diferencia diversidade de inclusão: "Nem sempre que você tem diversidade, você tem inclusão. Mas sempre que você faz o processo de inclusão, você aumenta a diversidade".



A Comunicação Interna colabora para colocar a política de DEIP em prática no ambiente organizacional. Para Maite, ela é essencial, pois mostra as ações realizadas para que haja um engajamento, e contribui para que o propósito esteja no DNA da empresa e de todos os seus integrantes. Para tanto, o processo precisa ser claro e contínuo. 


A fundadora da TransEmprego cita que ele pode ser feito com envio de informações pela intranet ou divulgadas em murais. Ainda há ações que podem ocorrer fora da organização, como uma companhia que levou os colaboradores para uma viagem com propósito, para conhecer outras realidades sociais in loco, na Amazônia. 



Maite crê e luta pelo fim do tokenismo e visualiza que ele terminará quanto mais os grupos que hoje são sub-representados ou inexistentes forem incluídos em vários lugares. E quando "a gente começar a ser mais sensível a olhar os micros e não só cobrar o macro", ao relacionar com a atenção a cada indivíduo e não só para a organização como um todo. 




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